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quinta-feira, 10 de setembro de 2015

12 de janeiro de 1835

Dia 12 de janeiro de 1835. Estava um dia muito movimentado  na fazenda várias pessoas entravam e saiam e eu tentava descobrir o que estava acontecendo. Mas todos estavam em segredos. Desci as escadas, mas meu pai gritou mandando  eu voltar para o quarto, lá no quarto eu olhava da janela e tudo estava em silêncio, eu podia ver que tinha algumas pessoas escondidas ao redor da fazenda. Como se fossem atacar, só que de repente eu vi você ali fora do portão do outro lado da estrada, próximo da árvore e dava ordem para voltar e acenava para mim, eu me sentia orgulhosa em perceber que você deixava tudo de lado por amor a mim. Eu desci as escadas ninguém percebeu em meio àquela reunião eu saí e corri lá para a estrada e como uma louca, só sendo louca para fazer o que fiz. Eu peguei na sua mão e saímos correndo por um lugar diferente, naquele lugar encontramos um tronco caído, um pássaro de frente ele era preto com azul esverdeado, um azul da cor do mar. E nós começamos a observar que ali tinha um lugar diferente, logo a frente uma árvore com tronco grosso a onde dava para se esconder. Você chegou tocou nas  minhas mãos e começou a falar de coisas que estavam acontecendo, você falou algo do meu pai que era impossível de acreditar, eu via africanos de todos os lugres ao nosso arredor. Mas você falava que não era para se assustar, por que eles estavam enfrentando grandes lutas por não negar sua crença o Islam. Eles sofriam, eram maltratados, humilhados por senhores que se achavam superiores a eles, mais que também tinham certo receio de enfrentá-los frente a frente, e eles tinham um líder, no qual confiavam de todo coração, e esse líder era você. E eu fiquei surpreso quando você chamou por um e falou que eu era diferente da minha família, que eu uma parte que acreditava no Islam, que aonde me visse nada fizesse comigo e me protegesse. E de repente cada um saiu dali e eu fiquei sozinha com você, sentamos próximo a árvore na grama e conversávamos sobre os problemas da época, e eu falei para você, que estava ficando difícil nossos encontros, porque meu pai desconfiava e já tinha certeza que eu te amava, e eu era capaz de tudo por você. Você falou, fugirias comigo para um lugar distante, aonde você não sofreria, porque eu sempre estaria ao teu lado, e eu falei, que tivesse calma e tudo se acalmaria.

Kátia Cilene

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