Dia 12 de janeiro de 1835. Estava um dia
muito movimentado na fazenda várias
pessoas entravam e saiam e eu tentava descobrir o que estava acontecendo. Mas
todos estavam em segredos. Desci as escadas, mas meu pai gritou mandando eu voltar para o quarto, lá no quarto eu
olhava da janela e tudo estava em silêncio, eu podia ver que tinha algumas
pessoas escondidas ao redor da fazenda. Como se fossem atacar, só que de
repente eu vi você ali fora do portão do outro lado da estrada, próximo da
árvore e dava ordem para voltar e acenava para mim, eu me sentia orgulhosa em
perceber que você deixava tudo de lado por amor a mim. Eu desci as escadas
ninguém percebeu em meio àquela reunião eu saí e corri lá para a estrada e como
uma louca, só sendo louca para fazer o que fiz. Eu peguei na sua mão e saímos
correndo por um lugar diferente, naquele lugar encontramos um tronco caído, um
pássaro de frente ele era preto com azul esverdeado, um azul da cor do mar. E
nós começamos a observar que ali tinha um lugar diferente, logo a frente uma
árvore com tronco grosso a onde dava para se esconder. Você chegou tocou nas minhas mãos e começou a falar de coisas que
estavam acontecendo, você falou algo do meu pai que era impossível de
acreditar, eu via africanos de todos os lugres ao nosso arredor. Mas você
falava que não era para se assustar, por que eles estavam enfrentando grandes
lutas por não negar sua crença o Islam. Eles sofriam, eram maltratados,
humilhados por senhores que se achavam superiores a eles, mais que também
tinham certo receio de enfrentá-los frente a frente, e eles tinham um líder, no
qual confiavam de todo coração, e esse líder era você. E eu fiquei surpreso
quando você chamou por um e falou que eu era diferente da minha família, que eu
uma parte que acreditava no Islam, que aonde me visse nada fizesse comigo e me
protegesse. E de repente cada um saiu dali e eu fiquei sozinha com você,
sentamos próximo a árvore na grama e conversávamos sobre os problemas da época,
e eu falei para você, que estava ficando difícil nossos encontros, porque meu
pai desconfiava e já tinha certeza que eu te amava, e eu era capaz de tudo por
você. Você falou, fugirias comigo para um lugar distante, aonde você não
sofreria, porque eu sempre estaria ao teu lado, e eu falei, que tivesse calma e
tudo se acalmaria.
Kátia Cilene
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