Fugindo de algo que não sei o que é,
Com o coração batendo forte e sem ar,
Entro em casa no escuro apressada,
O vento forte sopra as cortinas,
E com o olhar de menina assombrada,
Até a janela vou fria e em passos
lentos,
Com encanto e sedução no coração,
Olho para a tempestuosa tempestade,
Observo um homem a caminhar em
direção a minha porta,
Com os raios e trovões vejo que é
aquele a quem amo,
Vejo-te todo molhado e sem forças,
Desço as escadas correndo sem parar,
Acendo as lamparinas na escuridão,
Convido-te a entrar sem pensar-te
abraço,
No teu olhar sinto o poder do amor,
Que aquece a minha alma fria e
sedenta de amor,
Começamos a nos beijar profundamente,
Peço-te para sentar e se aquecer do
frio,
Sinto você a me observar olhando para
meu vestido preto,
Observa-me como uma fera querendo me
devorar,
Pego duas taças cheias de vinho seco,
E com um olhar ingênuo te convido a
degustar,
Do vinho que é meu preferido que você
ama tomar,
A meia luz eu te vejo e meus desejos
aumentam,
As nossas bocas sem palavras
silenciam por um instante,
Nossos olhos se encontram novamente e
não dá para aguentar,
Em um beijo doce e meio amargo
saciamos a nossa sede,
Naquele instante você jurou a mim
amor eterno,
E por um instante falou que seu amor
será só meu,
O vinho esquenta nossos corpos sem
parar,
A chuva cai forte lá fora e começa a
esfriar,
E entre as luzes sombrias da minha
casa,
As escadas subimos até o meu quarto,
No meu quarto começamos a nos tocar,
E entre as cobertas nos amamos sem
parar...
Kátia Cilene
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