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sábado, 29 de dezembro de 2018

Era noite e lá estava a caminhar

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Era noite e lá estava a caminhar
Caminhava eu na escuridão
Com os olhos brilhantes
Batom vermelho como o sangue
Vestido brilhante vermelho
As unhas tão pretas igual à noite
A noite sombria e escura
Trazia lembranças em mim.

Parecia que via corpos caídos
Adormecidos sem cor
Passava entre eles curiosa
Pareciam esta dormindo
Esperando um novo amanhecer
Segui em frente e vi uma escada
Parei e refleti se subia ou não
Sentei num degrau marfim.

Parecia que todos me olhavam
Minhas mãos estavam tremulas
E o suor descia no meu corpo
A minha pele amarelada
Parecia que a vida tinha sumido
Já não sentia a vida em mim
Então segui em frente e subi
Peguei no meu vestido brilhante.

Subi a escada lentamente
As batidas do meu coração aumentaram
Mas segui em frente confiante
Fui subindo e subindo fui
Cheguei finalmente e vi a porta
A porta era tão preta e misteriosa
Um símbolo eu via era uma chave
A chave era de cristal que ofuscava.

Ofuscava a cor roxa e reluzente
Parei por um instante e pensei
Sim pensei se aquela chave
Seria o começo ou o fim da minha vida
Se é que em mim ainda tinha vida
Ouvi um barulho de correntes
A porta se abriu sozinha
Mas fui em frente e entrei.

Olhei tudo em volta e vi símbolos
Símbolos diferenciados e correntes
Era um quarto com uma janela
Lentamente me aproximei da janela
Olhei por entre os vidros roxos
Vi os corpos caídos sem vida
Assim eu pensava no momento
Foi ai que vi que escaparam de algo.

A porta fechou e gritos ouvi
As vozes também vieram à tona
E fiquei sem saber o que fazer
Como escaparia daquele lugar
As paredes com tijolos cor cinza
O cinza com o preto enfim e agora
E agora que tinha uma nova porta
E dali saiu um vulto que eu não sabia.

Não sabia diferenciar que vulto era
A porta se abriu e o vulto pegou na minha mão
Fomos descendo devagar as escadas
Mas algo não queria deixar nos sair
Finalmente saímos daquele lugar
A porta fechou o vulto apareceu
Só que agora era uma pessoa
Um lindo homem de pele negra.

Que sorriu, chorou e agradeceu
Agradecimento por sua libertação
Quando olhei as pessoas levantaram
E o Sol voltou a brilhar no meio da escuridão
A felicidade voltou àquelas almas
Senti novamente a vida em mim
Ao enfrentar meus medos libertei as pessoas
Libertei e agora todos seguiram em frente
Mas ainda tenho dúvida de tudo que aconteceu...


Kátia Cilene


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