Ando numa cidade vazia,
O silêncio parece
eterno,
A escuridão da noite,
É um manto escuro,
Que cobre o meu rosto,
Fazendo-me chorar,
A minha mente vazia
fica,
Já não tenho direção,
Não sinto o meu
coração,
Meu sangue vermelho,
Esquenta as minhas
veias,
Mas nos meus lábios a
frieza,
Que apaga o meu olhar,
Sinto dores e
sofrimentos,
Eu prefiro me calar e
andar,
Na minha caminhada,
Sinto a chuva a me
molhar,
Eu não paro sigo em
frente,
O gosto de sangue sinto na boca,
Na rosa vermelha vejo
meu sangue,
Naquele espinho que representa
a dor,
Vejo a minha vida
passar no vazio,
Vazio esse que enche os
meus olhos,
De lágrimas quentes e
vermelhas,
Que ao se misturar com
o sangue da boca,
Molha a minha mão
machucada no espinho,
Sigo em frente sei que
chegarei a um lugar,
A dor é forte, mas eu
suporto e te procuro,
Encontro uma escada e
começo a subir,
Penso que essa escada
me levará a você,
Com a rosa na mão eu prossigo
calada,
Mas ao chegar no topo
da escada,
Eu te vejo e me calo
com tristeza,
Sinto o fel amargo na
boca e dali saio,
O nosso amor nunca
viveu,
Ele nunca existiu!
Kátia Cilene
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