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sábado, 25 de junho de 2016

Corpos caídos


Ando por uma cidade vazia,
Parece abandonada fria,
Corpos caídos sem vida,
Caminho querendo sair dali,
Encontro um abrigo no escuro,
Embaixo de uma árvore,
Fico a pensar no que aconteceu,
Aquele lugar esquisito,
Esquisito assim como o meu olhar,
Sinto medo e arrepios,
Eu estava sozinha ali,
Ouço passos vindos à minha direção.
Meu coração ardiloso silencia,
Sinto meu corpo gelar e tremo,
Observo atentamente a tudo,
E sinto a presença de alguém,
No meu ouvido a sussurrar:
__ Estou aqui.
Com medo pergunto:
__ Quem é, por favor, não me faça mal?
__ Eu não posso te fazer mal algum,
Eu sou um eterno viajante que anda,
A procura do amor verdadeiro.
E vi aquele homem com o rosto pintado,
E logo perguntei:
__ Porque tens o rosto pintado?
__ Eu tenho o rosto pintado,
Para esconder a angustia do coração.
No mesmo instante ouvi gritos,
E ele me abraçou forte e falou:
__ Não deixe para vê com o olhar,
As cenas que contemplasses a pouco,
Olhe com a alma e entenderas.
Nesse mesmo momento ele me levou,
Estava eu de volta no mesmo lugar,
Não acreditei no que vi ali no momento,
Todos caminhando felizes e com vida,
E muitas crianças brincando sem parar,
__ As coisas dependem de como se vê,
Assim falou aquele jovem homem,
Então percebi que tudo aquilo,
Era apenas uma peça de teatro,
Que me levou naquele momento,
A não entender o que estava acontecendo,
O mesmo lavou o seu rosto com carinho,
Nas águas de um rio próximo,
Embaixo da pintura estava um homem lindo,
Que me atraiu e me beijou forte,
E nesse momento me encantei com ele,
Esse homem me encantou me amou,
Não foi um amor qualquer que aconteceu,
Mas sim com doçura e sinceridade,
Agora sei o que é o amor de verdade.


Kátia Cilene



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