Antes era assim:
Teatro com plateia
Plateia sem teatro
Cada um fazia a sua
história
Viravam tudo do avesso
Sorrisos e aplausos
Lágrimas e abraços
O calor humano tão
humano
Não dava vontade de
parar de abraçar
Filas de supermercados
com filas enormes
Quanta reclamação por
algo que nos faria falta
Beijos escondidos nas
esquinas da vida
Quanta diferença existia
em tudo
Quanto preconceito em
todos os sentidos
Cada um usava a mascara
que lhe ficava bem
Mascaras que ninguém via
Mascaram invisíveis
O sorvete gostoso no shopping
As risadas dos jovens e
de pessoas idosas
Enchia o nosso coração
de paz
Crianças correndo e se
perdendo
O desespero para encontrá-las
E a felicidade ao reencontrá-las
O tropeçar na escada do
cinema
O susto dos filmes em
cenas
Medo dos filmes de vírus
A alegria em vê os
artistas representando no teatro
Mas der repente o tempo mudou:
E cada um teve que se
virar do seu jeito
Já não tinha
supermercados lotados
Tudo estava vazio e não
entrava quem queria
As mascaras foram à
salvação para muitos não morrem
Os teatros já não tinham
o seu publico
E nem o publico tinha o
seu teatro
A plateia aumentou em
choros e dor
Não tinha um publico
presente
O distanciamento se fez necessário
O teatro da vida saiu do
surrealismo
O realismo se fez presente
O surrealismo casou com
o realismo
Mostrando que somos
iguais
E não somos diferentes
O abraço e os beijos se
fizeram ausente
Mas a vontade de tê-los
se fez presente
Os interesses sociais se
igualaram
As cores se misturaram
Mostrando que sempre precisamos
de todos
Somos gente que sempre
precisamos de gente
Para nos fazer sentir
gente
O mundo é um teatro e
nos somos os artistas
Cada um no seu quadrado
Cada um mostrando que
somos iguais
E agora todos precisam
se cuidar
Para o mundo inteiro não
acabar
Os filmes de terror
viraram realidade
Filmes de vírus são
agora a nossa
Própria realidade...
Autoria: Kátia Cilene
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