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sábado, 19 de março de 2016

Em um reino muito distante...


Em um reino muito distante vivia uma pequena sereia esquecida do mundo, aliás era apenas uma lenda já que para muitos ela não existia, logo cedo a princesinha saia das águas do oceano e sentava numa pedra cinza, com um lindo pente dourado penteava seus cabelos  negros e enormes, cantava e se sentia só mesmo estando arrodeada de golfinhos, baleias e tubarões marinhos que amava ouvir a sua voz e acalmava os ânimos, o interessante que quando ela saia da água pensava que tinha pernas e as pernas apareciam, ficava correndo sem parar e quando a água lhe batia avisando que estava na hora de entrar ela se transformava na linda sereia solitária, quando ia voltando para casa um lindo castelo madrepérola, porque tinha muitas perolas e diamantes que a princesinha gostava de enfeitar quando vinha pelo caminho ia juntando o que encontrava e enfeitava seu lugar, a sua mãe a rainha Esmeralda estava preocupada com a filha e a mandava brincar com as outras sereinhas,mas um certo dia seu pai muito zangado a colocou no calabouço e disse:
__ Você só vai sair dai quando se comportar e nunca mais subir ao ar para com pernas humanas ficar, aqui é o nosso mundo aquático não quero que fique lá, pois é muito perigoso e amanhã não vai estudar na escolinha de dona Dourada.
A sereinha ficou muito triste, pois se sentia diferente de todos ali e se pôs a pensar:
__ O que faço para não subir ao ar se tudo o que eu mais queria é ser humana.
Nesse momento apareceu a lula e ficaram horas conversando com ela e a convenceu de não subir, mas ao ar.
No outro dia quando seu pai chegou falou com ela e a mesma o abraçou falando que prometia não subir, mas aquele lugar, pois já sabia que muitas coisas ruins poderiam acontecer com ela e o pai muito feliz a abraçou chorando e a levou a escola, lá chegando a lula ficou perto da amiguinha e ela assistiu a aula e aprendeu muito sobre os humanos, principalmente o que eles faziam com os seres dos oceanos mais profundos, o tempo passou e a sereinha que já era uma mocinha estava sozinha no meio do mar  sentada numa pedra e pensava  que o ar que todos falavam era apenas fora do mar, mas que ali poderia ficar sim respirar um pouco fora das águas não iria lhe fazer mal algum, mas der repente ela escutou um barulho muito estranho e algo caiu nas águas essa mergulhou logo para vê pois era muito curiosa e quando chegou no profundo do oceano, viu um jovem rapaz com os olhos fechados e logo pensou que se fosse um humano morreria logo ali e fez respiração boca a boca e foi subindo com ele, quando chegou fora do mar, ela o colocou na areia longe do perigo e mergulhou de volta, mas quando voltou seu pai a chamou:
__ Você acha que agiu bem, pensa que não sei que salvou um  humano princesa Rasha?
__ Mas papai, só porque ele é humano eu não poderia salvá-lo?
O pai teve uma longa conversa e a mesma passou dias na solidão, já não comia e não queria companhia de ninguém, todos estavam preocupados até o pai que era muito duro lhe deu um presente:
__ Olhe minha filha, você usara esse colar de esmeraldas verdes como os seus olhos e todas as vezes que quiser sair para fora da água poderá sair e com o colar ficara invisível, mas lembre-se nunca tire o colar de esmeraldas do pescoço promete?
A princesa muito feliz abraçou o pai e foi logo ao ar, quando saiu das águas sentou naquela pedra e começou a lembrar do rapaz,derrepente quando ela olha o vê ali parado com dois amigos e ele falava sempre:
__ Não pode ter sido um milagre não ou pode?
__ Foi bem uma sereia, kkkk!
__ Cala a boca seu idiota sereias não existem isso são lendas, kkkk!
A sereia ia correr para o mar, mas lembrou do colar e ficou sentada ali, essa se apaixonou perdidamente por aquele jovem, mas sabia que esse amor seria impossível, os colegas dele se afastaram e ela o olhava, ele sentiu algo diferente e logo falou:
__ Quem está ai, vamos apareça deixe de ser covarde, olha se for uma sereia se você existe apareça prometo guardar segredo, eu acredito em você, eu acredito em você.
A princesa Rasha caminhou até uma árvore um pouco distante  do mar e o rapaz via as marcas dos seus pés, esse sem sentir medo a seguiu, o pai tinha esquecido lhe avisar desse detalhe e ela tirou o colar, uma luz forte a envolveu e o rapaz a viu, só que ela não entendia o que ele falava não, com o colar preso as mãos ela o colocou de volta e ficou invisível, o rapaz falava:
__ Por favor, apareça de novo eu não vou falar que te vi não linda sereia, olha percebi que não entende o que falo, mas vou vim aqui todos os dias e vou trazer um material para lhe ensinar.
Ela mergulhou nas águas e foi para seu castelo, enquanto isso o belo jovem não parava de pensar nela e todos os dias no mesmo horário, levava lápis e caderno para ensinar a ela mesma invisível, mas ele sentia que ela estava ali sim e certo dia para a sua surpresa, ele viu o lápis escrevendo na areia. EU TE AMO!
Esse ficou tão feliz e começou a pular e a gritar:
Eu te amo também!
Ela tirou o colar e com um vestido azul da cor do mar ali sentou e começaram a conversar, pois a mesma já estava lendo tudo, explicou para ele que tinha lhe salvo naquele dia mas que não poderiam viver ficar juntos, esse perguntou a sua amada se ele poderia ficar para sempre com ela e essa pediu um tempo, voltando para seu castelo Rasha conversou muito com seu pai e grandes foram as discussões como sempre, mas esse falou que se o amor dele fosse verdadeiro teria como ele viver ali sim, ela levou o rapaz chamado Peter ao fundo do mar e no pescoço dele colocou um colar de diamantes e ele conseguia respirar, mas quando esse estava lá embaixo por incrível que pareça começou a entender o que todos falavam e para que o jovem ficasse ali teve que ser testado de diversas formas, ele enfrentou vários animais e um  ser aquático que amava a sua princesa Rasha,mas ele venceu todas as batalhas por aquele amor e seu prêmio foi ser transformado em um ser igual a sua amada, nunca mais se ouviu falar do jovem, seus amigos e familiares rodos os dias levam flores para o mar achando que ele sumiu nas profundezas do oceano sem fim...


Kátia Cilene

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